Núcleo Espírita Assistencial "Paz e Amor"

Rastros de Luz

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Liberdade

12/2014 | Rastros de Luz

Pai João

Todo ser humano, nesta vivência terrena, tem, como conquista efetiva, a liberdade.

Toda criatura tem o direito de, utilizando o seu livre-arbítrio, dispor de sua vida como bem lhe aprouver.

Tem o direito de alimentar-se bem ou mal, tem o direito de usufruir tranquilidade, com ou sem responsabilidade.

Tem a liberdade de falar, de agir, de ver, de escutar, de participar, de caminhar e de tantas outras coisas que a vida lhe oferece.

A liberdade é uma conquista, é uma riqueza imensurável e maravilhosa que, a grande maioria das pessoas, não se dá conta de que a possui.

Todas as vezes que, por razões várias, nossa liberdade se vê tolhida, sentimos, nas profundezes do coração, a angústia, a solidão, a desesperança, aprisionando-nos nas teias da desilusão.

Sem dúvida, a liberdade é conquista do ser humano, porém temos de utilizá-la com dignidade e justiça.

Ela, só é real e plena, se for exatamente proporcional à liberdade daqueles que, no dia-a-dia de suas vidas, conosco comungam suas experiências .

Nossa liberdade perde o seu valor, à medida que esteja de alguma forma, coibindo a liberdade daqueles que conosco jornadeiam, lado a lado, nesta Terra bendita, que nos serve de palco maravilhoso para nos exercitarmos e crescermos em direção a Jesus.

Todos nós, temos o direito de fazer das nossas vidas o que bem quisermos, desde que, este direito, não fira o de outros irmãos de caminhada, desde que o livre-arbítrio de outrem, não seja maculado pelo nosso desrespeito e irreverência.

Existem irmãos que, desconhecendo os limites da liberdade, os ultrapassam, ferindo, magoando e desarmonizando outros companheiros que também militam nesta Terra redentora.

Seres humanos carentes de sensibilidade e amor, tornam-se marginais do caminho, tornando nossas existências ensombrecidas pelo desassossego, pelo medo, fazendo-nos naufragar nas águas turvas das decepções.

Assim acontece, nos lares, no ambiente de trabalho, nas ruas,…

Por nossa vez, vamos exigindo direitos que a nós mesmos atribuímos, impondo nossas vontades e nossos pensamentos.

Queremos que as pessoas que conosco se relacionam, demonstrem o seu amor como, supomos, lhes dedicamos, que nos dêem a atenção, tanto quanto, supomos, que lhes ofertamos, que nos compreendam, tanto quanto, supomos, que as compreendemos, que nos perdoem, como, supomos, as perdoamos.

Assim agindo, esse nosso querer exorbita e fazemos com que mesmo esses corações que amamos, pouco a pouco, percam a sua liberdade e o seu precioso livre-arbítrio.

Compreensivamente, devemos deixar cada ser humano caminhar com as suas próprias forças, usufruindo as conquistas que efetuaram ao longo de suas diversas experiências, porém, sem esquecermo-nos, de auxiliá-los sempre que se fizer necessário.

Quando, por nossa vez, nos apercebermos de que irmãos de jornada iniciam a ultrapassagem da sua justa liberdade, devemos, bondosamente, alertá-los para que venham a refletir sobre os seus posicionamentos, sem criticá-los, magoá-los ou feri-los.
Desta forma estaremos contribuindo para que suas mentes sejam aclaradas e a paz comece a reinar.

A libendade é pedra preciosa que se acha incrustada no âmago de nossa alma e, somente, poderá luzir, quando for utilizada da mesma forma que o Cristo Jesus o fez, justa e amorosamente.